A primeira edição do Prêmio de Inovação do Grupo Fleury (PIF) teve como maior destaque o trabalho de Allan Kardec Nogueira de Alencar, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sobre o “Desenvolvimento de novos agonistas de receptores de adenosina A2A para a reversão do remodelamento cardíaco e vascular em ratos com hipertensão arterial pulmonar”. Outras seis pesquisas foram premiadas. Ao todo foram 69 trabalhos inscritos e destes, 18 foram selecionados para a apresentação oral para se chegar aos sete melhores. Foram selecionados os dois melhores trabalhos nas categorias graduação, mestrado e doutorado e jovem pesquisador. Além do reconhecimento, os pesquisadores vencedores terão a oportunidade de vivenciar a rotina da área de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia.
A iniciativa de valorização do conhecimento acadêmico é um dos pilares do estímulo à inovação do Grupo Fleury. De acordo com Jeane Tsutsui, diretora executiva Médica, Técnica e de P&D da empresa, a qualidade dos trabalhos apresentados surpreendeu a comissão julgadora. “Tivemos desde pesquisas básicas voltadas para a área de métodos moleculares até tratamentos terapêuticos e inovações tecnológicas para a criação de ferramentas que facilitam o dia a dia do corpo médico. Isso mostra a riqueza e a diversidade da produção acadêmica e científica no País”, afirma.
Os pesquisadores que tiveram seus projetos reconhecidos terão oportunidade de passar 15 dias na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury. A proposta é promover a interação e vivenciar os desafios da equipe com os futuros cientistas do País, bem como estreitar o relacionamento da empresa com as universidades e vice-versa. “Nesta imersão, os jovens cientistas poderão ver como a pesquisa acadêmica pode ser aplicada em uma empresa, assim como terão a chance de trazer insights importantes para a equipe de P&D”, explica Jeane.
Para José Eduardo Krieger, pró-reitor de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), um dos papéis da inovação é a transformação de conhecimento em geração de riqueza, tanto no setor público quanto no privado. De acordo com ele, iniciativas como o Prêmio de Inovação do Grupo Fleury são fundamentais para a área acadêmica. “A inovação está no DNA do Fleury, que não só produz inovação ligada à atividade fim, mas em outras áreas também. Para os jovens que estão no mundo acadêmico e para os empreendedores essa é uma ótima oportunidade. Ações desse gênero são sempre bem-vindas e deveriam ocorrer em grande escala”, afirma.
Conheça os projetos vencedores
Na categoria graduação, foram reconhecidos os trabalhos “Efeitos inflamatórios oriundos da poluição atmosférica urbana utilizando camundongos deficientes no gene de reparo XPC”, da aluna Giovanna Mamesso di Costanzo, e o trabalho “Dissulfeto-isomerase proteica é superexpressa na resposta vascular à lesão e tem ação anti-remodelamento constritivo”, do aluno Haniel Alves Araújo, ambos da Faculdade de Medicina da USP.
Já na categoria mestrado e doutorado, as pesquisas sobre “Inovação no diagnóstico da hanseníase: potencial método não invasivo associado à espectrometria de massas de alta resolução”, de Estela de Oliveira Lima, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e “Mutações no gene DHX37 identificadas por sequenciamento exômico em larga escala são causa da síndrome de regressão testicular embrionária (SRTE) em 4 famílias com DDS 46,XY”, de Thatiana Evilen da Silva, da Faculdade de Medicina da USP foram os premiados.
Por fim, na categoria jovem pesquisador, Andre Luiz Vettore, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o trabalho “Acurácia de microRNAs como marcadores de detecção de metástases em linfonodos cervicais de pacientes com carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço” foi premiado, bem como Mariana de Oliveira Diniz, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), com o trabalho sobre “Nova abordagem imunoterapêutica contra tumores induzidos por HPV” .
Gestão do Conhecimento
Ainda pensando em gestão de conhecimento, o Grupo Fleury mantém entre seus colaboradores e médicos o programa Jornada do Conhecimento. Em 2015, com sua 25ª edição anual, a iniciativa contou com 893 colaboradores participantes e 198 trabalhos inscritos. Destes, 122 são trabalhos voltados à área científica e 76 à área administrativa. Neste ano foram premiados 16 projetos. Além de incentivar o estudo e a atualização dos colaboradores, a Jornada do Conhecimento permite aprimorar serviços e procedimentos internos.
Entre as melhores pesquisas selecionadas neste ano está a “Desenvolvimento de Cell Basead Assay (CBA) para o diagnóstico de Neuromielite Óptica”. O Grupo Fleury foi pioneiro na oferta de um exame de diagnóstico para a síndrome, que é a detecção do anticorpo antiaquaporina 4 por imunofluorescência indireta em tecido cerebral de rata. A possível oferta do diagnóstico por CBA para a detecção de autoanticorpos contribuirá para manter o Grupo Fleury em posição de destaque na área.