O Grupo Fleury e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo – SINDHOSP promoveram a 9ª edição do Seminário que discute a Saúde no País, em busca da real sustentabilidade das atividades e dos negócios. Para debater a questão ‘Saúde suplementar: o sistema está em crise?’, foram convidados especialistas de diversas entidades, que apresentaram seus pontos de vista sobre temas como a Lei 13.003 e a padronização TISS - Padrão para Troca de Informação de Saúde Suplementar. A abertura do evento foi feita pelo presidente do Grupo Fleury, Carlos Marinelli, e pelo presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Junior.
O primeiro tema do seminário foi a Lei 13.003 de 2014, que torna obrigatória a existência de contratos escritos entre as operadoras e seus prestadores de serviços. A Agência Nacional de Saúde (ANS) deve estabelecer um índice de reajuste para prestadores, caso a negociação não seja efetiva. Marcelo Gratão, gestor do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde - IEPAS, apresentou uma pesquisa sobre a lei e ressaltou que apesar das respostas demonstrarem melhorias em relação à situação verificada em 2015, ainda há problemas no que se refere a contratualização e índices de reajustes a serem aplicados anualmente.
Já Sandro Leal, gerente geral da FenaSaúde, defendeu que a regulação deveria se ater a eliminar falhas de mercado e não estimular a indexação, por isso propôs ajustes a 13.003. Representando a ANS, a diretora de desenvolvimento setorial da entidade, Martha Regina de Oliveira, falou sobre os pontos abordados pelos dois palestrantes e também do fator de qualidade. Em seguida, Yussif Ali Mere Junior voltou ao palco para falar sobre as tendências e impactos da tributação da área de Saúde.
Outra pauta do Seminário foi o Padrão para Troca de Informação de Saúde Suplementar (TISS). Claudia Cohn, presidente da Abramed, alertou que ainda são observadas distorções na adoção do padrão para todos os lados e é preciso eliminar isso. A superintendente de análise de pagamentos de conta médico-hospitalares da Bradesco Saúde, Sonia Bastos, listou alguns fatores críticos para o sucesso da TISS, como a necessidade de atualização e a melhoria nos processos internos e na divulgação para prestadores e operadores. Concluindo o debate, Marizélia Leão Moreia, gerente de Padronização e Interoperabilidade da ANS, afirmou que a TISS ainda tem um longo caminho a percorrer, mas já avançou muito. Para ela, é preciso continuar fomentando pesquisas e estudos para aprimorar o padrão para que, assim, ele possa dar conta de suas metas.
Encerrando a programação, Dr. Wilson Shcolnik, gerente de Relações Institucionais do Grupo Fleury, comandou um talk show, que reuniu todos os palestrantes.
Além do Grupo Fleury e do Sindhosp, o evento teve apoio institucional da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (Abiis), Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde (Abimed), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Confederação Nacional de Saúde (CNS), Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (Sbac) e Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPCML).